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De acordo com o relato da PF, o monitoramento de telefonemas feitos e recebidos por Duque identificaram uma “suposta articulação” com o objetivo de evitar que ele fosse convocado para depor na I mista encerrada em dezembro do ano ado.
“Há indícios de que Renato Duque estivesse recebendo algum tipo de proteção política para que não fosse convocado para prestar esclarecimentos à MI da Petrobras”, escreveram os policiais federais no relatório encaminhado à Justiça Federal do Paraná.
A interceptação telefônica mencionada pela PF, realizada no dia 11 de novembro de 2014, relata a conversa entre o ex-diretor da Petrobras e uma assessora de imprensa identificada pelos policiais como Gabriela Athias. Duque foi preso pela Polícia Federal três dias após o diálogo telefônico ter sido grampeado, na sétima fase da Lava Jato. Atualmente, ele está em liberdade por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
A interlocutora de Duque na conversa telefônica, de acordo com o relatório da PF, seria funcionária da Somma Comunicações, empresa de assessoria de imprensa que prestava serviços ao escritório de advocacia contratado pelo ex-dirigente para defendê-lo no processo da Lava Jato.
No diálogo, Gabriela relata detalhes da articulação de parlamentares governistas para evitar que Duque fosse convocado a falar na I mista.
Naquele dia, uma manobra da base aliada, comandada pelo então presidente da comissão, o ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), evitou que o requerimento de convocação fosse apreciado pelos integrantes do colegiado.
Na ocasião, a ausência de parlamentares governistas no início da sessão evitou que houvesse quórum para votar o pedido para Duque comparecer à I. Porém, durante o depoimento, deputados e senadores oposicionistas conseguiram se mobilizar para alcançar o quórum e exigiram que o requerimento fosse votado.
Apesar da pressão, Vital do Rêgo decidiu encerrar a reunião alegando que a sessão de votações do plenário do Senado havia começado. A atitude gerou intensos protestos da oposição e até confusão em plenário. Na conversa telefônica, a assessora de comunicação relata a manobra a Duque e diz que o governo achou “arriscado” permitir que ele fosse convocado.
A jornalista afirmou ao ex-diretor da estatal que uma das estratégias seria deixar que o requerimento fosse aprovado, mas protelar ao máximo o agendamento da oitiva. “Na verdade, o governo achou que era muito risco aprovar e deixar o negócio na gaveta aprovado, entendeu">
Fonte Clickpb com G1